Porque escrever é uma terapia. Cura a alma de quem lê. Cura a alma de quem escreve.
sábado, 31 de dezembro de 2011
Promessas de Ano Novo
Diferentemente do que sempre fiz, desta vez não vou fazer lista de desejos, objetivos e metas para o Ano Novo que se aproxima. É que muitas vezes as promessas de Ano Novo agem arbitrariamente. Quero dizer, ao invés de ampliarem nossos horizontes e nos estimularem a seguir adiante, elas limitam nossas mentes. Você passa o ano todo perseguindo um objetivo pré-determinado (que muitas vezes já nem faz sentido atualmente) e se frustra caso não consiga alcançá-lo. Enquanto isso, várias outras (boas) oportunidades podem ter passado sem que você percebesse, simplesmente porque elas não se encaixavam na sua lista de desejos para aquele ano.
E qual o sentido disso - passar o ano checando uma lista, marcando aquilo que está pronto ou aquilo que ainda falta fazer? A vida tem mesmo que ser assim tão... previsível?
O que, afinal, desejo para 2012? Desejo única e exclusivamente uma vida empolgante, surpreendente, feliz, pela qual valha a pena acordar cedo. E que seja assim brilhante mesmo que algumas metas se percam pelo caminho, porque algumas se perdem mesmo, enquanto outros acontecimentos totalmente inesperados se incorporam aos nossos dias.
Desejo que você se permita... se permita viver, cantar, sorrir, chorar... vencer, mas também que se permita algumas derrotas. E que tire proveito delas; extraia sempre algum aprendizado. Que as lágrimas vertidas não lhe impeçam de sorrir. E não pense que não haverá lágrimas, porque elas irão surgir em algum momento dessa caminhada. Porque elas fazem parte da vida. E que você se permita vivenciá-las. Que aprenda a conviver com o sucesso e também com um possível fracasso, com seus medos, receios. Mas acima de tudo, que o medo jamais lhe tire a ousadia, o espírito livre, a vontade de fazer dar certo. Que você aprecie o vôo sem temer a queda, mesmo que às vezes ela seja inevitável.
Que em 2012 a gente aprenda a valorizar também a jornada e não só a chegada. Que haja vida plena, em todos os sentidos que esse adjetivo comporta.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Olhos de quem quer ver.
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Escrever, eis o sonho.
Saudade de escrever assim despretenciosamente, saudade de rasgar a alma assim em palavras mudas num papel. Rasgar a alma e deixar que dela jorre todo o sangue, toda a dor, toda a beleza, todo o lirismo, numa tentativa de compreensão, num desabafo surdo, numa esperança que não cessa. Escrever assim como uma criança tímida, ansiosa em encontrar as palavras certas, escrever assim como uma adolescente frágil que tem sede de multidões. Escrever e me perder na dimensão confusa dos pensamentos escritos, das emoções indistintas e das idéias cálidas; diluindo-me e afastando-me para... encontrar-me logo em seguida. E perceber que em meio a milagres possíveis, num sopro de inspiração, toda a angústia se foi, todos os desertos floriram, as luzes brilharam de novo. Em meio a milagres possíveis, perceber que a escrita me resgata de mim mesma, revela o melhor que há em mim, costurando minha alma rasgada. Me fazendo florir de novo. Descobrir que ela encerra um mundo de possibilidades, mais bonito, mais justo e mais meu. Saudade de escrever assim despretenciosamente, rasgando a alma assim em palavras mudas num papel. E o sangue derramado regou as flores que nasceram. Toda a dor convertida em contentamento. A escrita me fez feliz de novo.
Água
Banho de chuva. Gotas de água, pele, limpeza, frescor. Acreditar que tudo pode ser diferente, acreditar que vai dar certo. Renovação de sentimentos, de idéias, de pensamentos. Barulho de água que parece sussurrar nos ouvidos da gente: "Você consegue, você é capaz, você vai dar conta". Sorrisos, almas serenas, promessas e mais promessas de felicidades futuras. Sonhos resgatados, estimas reconstruídas. Um mundo talvez mais bonito. E a gente acredita. Assim. E só.
terça-feira, 1 de novembro de 2011
7.000.000.000
Somos sete bilhões. Andamos, comemos, nos vestimos, estudamos, aprendemos, trabalhamos, sorrimos, choramos, enlouquecemos de vez em quando. Construímos, desconstruímos, fazemos, deixamos de fazer, somos tanto e ao mesmo tempo tão pouco. Somos tudo e somos nada, somos sete bilhões. Sete bilhões de pessoas. Sete bilhões de vidas. Quanta responsabilidade. Quanta gente, mas parece que ainda falta alguém (sempre). São tantos os paradoxos, as antíteses, as incógnitas, as esfinges, ninguém é capaz de nos decifrar. Somos sete bilhões, somos alguns e outros mais. Quantos bilhões já se foram, quantos ainda virão?
Sete bilhões de pessoas, soa tão complicado. Mas no fundo é simples assim: somos sete bilhões de pessoas buscando a felicidade. Porque no fundo, o ser humano só quer ser feliz.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
De uma vestibulanda para outros vestibulandos.
A beleza da vida é justamente essa gama de opções, de possibilidades. Há uma reversibilidade desconcertante e maravilhosa. Digo, você sempre pode voltar atrás e começar de novo. Diariamente, sabe? É isso. Cada novo dia é uma segunda chance. Pra consertar o que anda meio quebrado, pra fazer de novo, e de novo, e outra vez, se for preciso. A gente é que, na nossa ansiedade bem-intencionada, coloca o carro na frente dos bois e acredita que tem que ser hoje, agora, nesse minuto ainda. E, se as coisas não acontecem do nosso jeito, ao nosso tempo, a gente chora e dá chilique, feito criança mimada. Mas a vida é uma escola... e cada nova experiência nos ensina que esperar não é perder tempo. Esperar é se preparar melhor para o bom que está por vir. Isso em relação a tudo... vestibular, relacionamentos, pessoas, carreira. No tempo de espera, a gente aprende, a gente revisa, revê, amadurece o propósito, renova o objetivo, o ideal. O tempo de espera é importante também! Por isso é tão fundamental, às vezes, desacelerar... porque nessa ânsia louca de sucesso e finais, acabamos atropelando a nós mesmos. Na pressa para chegar logo, muitas vezes a gente dá um passo maior do que a perna e acaba perdendo o equilíbrio. E cai. E se machuca.
"Todas as coisas têm um tempo certo debaixo dos céus". Comodismo para uns, zona de conforto para outros, sei lá. Não sei como você encara essa frase, mas eu acredito profundamente nela. Alguma coisa me diz que as coisas acontecem quando elas têm que acontecer. Parecido com aquela história de "tudo o que é pra ser seu vem para você". Claro que as coisas não vêm de mão beijada, isso é evidente e natural. Todas as coisas têm de ser lutadas. Mas a parte que nos cabe é a NOSSA luta. Muito mais do que isso, não podemos fazer. Se você tem feito a sua parte, se você tem consciência das suas lutas, relaxe. Isso é tudo o que importa. Algumas coisas fogem mesmo ao nosso controle. Se não for dessa vez, paciência. Ano que vem tem de novo... uma nova chance, uma nova oportunidade, novas pessoas, novos encontros, novas possibilidades. Uma reprovação no vestibular não diz muita coisa sobre você. Não define quem você é, não diminui o seu valor enquanto ser humano. É lógico que todo mundo quer passar e, se você estudou, se preparou, é normal que você QUEIRA MUITO passar agora, afinal você quer ver o resultado concreto do seu esforço e da sua dedicação. Eu desejo de coração que essa vitória seja sua... Mas, se não for dessa vez, vamos ter um pouco mais de calma. Vamos aprender a respeitar o nosso ritmo, o nosso tempo. Vamos lutar de novo enquanto esperamos nossa vez.
Boa sorte para todos nós! :)
sábado, 15 de outubro de 2011
Sobre tetos vermelhos, rotina, ordens implícitas e não saberes.
Arissa abriu os olhos e contemplou o teto branco do quarto. Teto sem graça. Sem cor também. Afinal, desde quando branco é cor? Branco é branco, branco e só. Arissa estava em meio a tédios. Uma doce menina entediada pode decerto promover muitas mudanças. Levantou-se da cama, olhou-se no espelho, focalizando em primeiro plano seus olhos castanhos. Sempre tão úmidos, olhos tão gelatinosos, oblíquos, aquosos. Pareceriam estranhos a outros olhos? Ela não sabia. Mas gostava deles. Eram... diferentes. Sutilmente diferentes. Arissa apreciava todas as coisas diversas. Talvez por isso estivesse tão incomodada com a sua rotina. Rotina! Que palavra mais nojentinha, ela pensava. Sem graça, sem cor. Que nem o teto do quarto! Não era à toa que o pensamento de Arissa voava tão facilmente. Algo magnético a levava a idéias inusitadas. E se eu terminasse o colégio e decidisse viajar pela Europa inteirinha? Mas e a faculdade, Arissa? Só quero um curso de fotografia. Arissa só desejava aquilo que pudesse aproximá-la dela mesma. Durante as aulas de química, Arissa era a mais avoada. De que adianta saber tudo sobre tabelas periódicas, quando não sei sequer em que acredito? Ai, Arissa. Por quê você tinha que ter sempre perguntas tão complicadas?
E ela quer saber porque tem de haver tantas ordens implícitas no mundo. E ela quer saber porque dizer liberdade soa falso. Arissa, sempre com tantas filosofices. Ai, essa rotina ainda me mata! A vida toda passando, assim, tão veloz, e Arissa nem sequer teve tempo para pensar no que fazer com tantos segundos e minutos ligeiros! A vida assim tão sem graça, tão sem cor... Que nem o teto do quarto. Arissa sabe tudo o que deve fazer. A lista é extensa e ingrata. Mas ainda não descobriu o que quer fazer. São tantas as possibilidades.
E se eu cair? Alguém me levanta? E se der errado? Eu volto atrás e faço certo. E se eu me arrepender? Quem é que se arrepende diante da felicidade?
De repente, a menina cai em si, desvincula-se de tantos devaneios. De uma coisa, Arissa agora tem certeza:
- Esse teto eu vou pintar é de vermelho!
sábado, 1 de outubro de 2011
Bonito mesmo é ser você
Sabe os padrões de beleza, de comportamento, disso, daquilo? Aqueles que são ditados pela mídia e blá-blá-blá? Pois é. Esqueça-os. Assuma-se como você é... não faz sentido pautar a vida na busca pela perfeição.
Às vezes nos fazem acreditar que só pode ser bom aquilo que é perfeito. Mas o que é a perfeição? Para mim, é um conceito tão abstrato quanto pessoal. O que é perfeito para mim pode não ser perfeito para você, e vice-versa.
Relacionamentos perfeitos? Pessoas perfeitas? Corpos perfeitos? Vida perfeita? Tenho aqui as minhas dúvidas. Se para você ser perfeito é sinônimo de ser irretocável, em todos os sentidos cabíveis a essa palavra, então não há a mínima possibilidade de haver algo perfeito no mundo.
Mas o que dizer daquelas pessoas que amamos? Apesar de todos os seus defeitos, não se tornam aos nossos olhos seres 'perfeitos'? A época mais feliz de nossas vidas, aquela época que consideramos 'perfeita', era de fato irretocável, em todos os mínimos detalhes? Provavelmente não.
Isso quer dizer que não precisa ser absolutamente perfeito para ser incrível.
Você não precisa ser perfeito para ser feliz e para fazer as outras pessoas felizes. Você não precisa ser perfeito para ser amado, para ser aceito.
Dito assim, isso soa a coisa mais óbvia do mundo, mas a maioria de nós esquece disso no dia-a-dia e seguimos buscando a perfeição, acreditando que só seremos plenamente felizes quando formos melhores nisso ou naquilo, quando operarmos o nariz, quando tivermos uma conta bancária de X dígitos, etc.
A gente vive esperando ser perfeito, para só depois ser feliz. E desejamos tanto, tanto a perfeição que nem paramos para pensar no que ela realmente significa. E se for perfeito, como você sempre sonhou, mas no final das contas não fizer você feliz?
A vida é maravilhosa porque nos permite fazer várias opções. Não tem isso de 'game over', não. A vida é sempre um recomeço. Sempre é tempo de decidir o que é prioridade para você. Buscar a perfeição ou buscar a felicidade? Porque há uma enorme diferença entre uma coisa e outra.
Quanto tempo nós já perdemos esperando para sermos felizes no dia em que nos descobríssemos perfeitos?
Com certeza, muito mais tempo do que a gente gostaria.
sábado, 17 de setembro de 2011
Série "Uma Carta para você - Segunda Carta: Para alguém que eu ainda não conheci."
Imagino o que você está fazendo agora. Neste exato segundo. No que está pensando, para quê pretende prestar vestibular - se é que já não está na faculdade. Não sei. Imagino se gosta de comédias românticas tanto quanto eu. E tento ouvir o seu riso ao dizer que são histórias tão improváveis e tão incríveis ao mesmo tempo. Será que você diria isso? Sinto falta de saber sobre os seus sonhos, os seus medos, as suas alegrias, as suas dúvidas, as suas certezas. Sinto falta de saber a cor dos seus olhos; é até engraçado pensar assim. Sinto falta de conhecer as suas expressões, os seus jeitos, a curva da sua boca enquanto sorri. Suas palavras preferidas, seu sotaque. Sinto falta de ver você vir sorrindo, sempre sorrindo, com dois ingressos do show da sua banda preferida nas mãos. E de todas as nossas brincadeiras e piadas particulares, de nossos risos, de nossas fotografias e de seu abraço de urso. Da música linda que você vai me mostrar. "Sobra tanta falta", sabe? É só que às vezes tenho aquela sensação de que tudo irá valer a pena quando você chegar. E eu sei que você também está me esperando, e que um dia nossos caminhos irão se cruzar. A gente vai se reconhecer... e vai ser incrível. Eu sei. E você também.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
LIBERTAS QUAE SERA TAMEN
Em apoio à greve dos professores da rede pública do Estado de Minas Gerais.
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Certamente, os cem dias de greve têm ensinado lições mais importantes do que as propostas nos milhares de dias letivos dos quais nossos estudantes já participaram ao longo da vida. Esta greve - que é histórica e, acima de tudo, justa e salutar, diga-se de passagem - traz inúmeros benefícios para toda a sociedade brasileira. Tenho absoluta certeza de que os protestos, a angústia e a luta dessa classe faz toda a diferença na formação de uma nova mentalidade que vem surgindo no Brasil. Mas que bom que já temos coragem de sair às ruas para reclamar sobre o ensino público esfacelado que nos é dado! Que bom que não mais ficamos apenas na habitual reclamação, "ai, como seria bom se o professor fosse melhor preparado, e se houvesse uma cadeira para que ele se sentasse e fizesse a chamada!". Que bom que finalmente o plano das idéias encontrou o plano concreto da realidade! Aplaudo de pé aqueles que fizeram esse encontro acontecer!
Essa greve mostra muito mais do que professores indignados... Mostra um povo brasileiro cansado de ser levado "no banho maria" pelo governo... Cansado de ser enganado com promessas eleitoreiras. Mostra um povo que finalmente descobriu o poder que tem. É o povo clamando pelos seus direitos! É o povo que paga imposto e quer ver pra onde vai esse dinheiro! É um povo que tem coragem de mostrar a cara, bater no peito e dizer sem hesitar: Dai a Deus o que é de Deus, e a César o que é de César! Eu quero o que é meu, do meu direito eu não abro mão!
E então o povo começa a se questionar. E então a maravilha se completa. Se há dinheiro para viagens fabulosas, contas milionárias, mensalão, mensalinho e seus variantes, se há dinheiro para mansões ilegais e toda espécie de corrupção diariamente anunciada nos meios de comunicação, se há dinheiro suficiente para bancar toda essa baixaria, por quê não há dinheiro para pagar o trabalhador?! Esse dinheiro agora tem que aparecer...
Porque o Brasil não tem fome só de Matemática, Português, História e Geografia. Nem só de cultura. O Brasil também é um faminto de justiça, de honestidade e transparência. E, particularmente, acredito que toda a Física, o Português, a Geografia ensinados servirão de NADA se o povo não aprender o básico do básico... que é conhecer os seus direitos, lutar por eles. Aí sim, quando buscarmos nossos direitos, reclamarmos por eles, veremos a mudança que tanto sonhamos... Porque um povo esclarecido e consciente é mais difícil de ser enganado! É a luta da sociedade pelo que é seu de direito que fará com que o dinheiro dos impostos seja melhor empregado. E então passará a haver dinheiro para pagar um salário digno a qualquer trabalhador... haverá um sistema educacional do qual a gente possa se orgulhar. E então, finalmente, nossos alunos aprenderão DE VERDADE Português, Matemática... porque aprenderam antes o fundamental: CIDADANIA!
Nada mais apropriado que essa revolução comece justamente pelos professores... eles, os responsáveis pelo ensino e formação de nossas futuras gerações, tem toda a moral para dar esse exemplo.
A vocês, queridos formadores do Brasil que seremos, meu apoio e minha admiração.
A vocês, queridos MESTRES, meu respeito.
Obrigada por abrirem nossas mentes para o caminho do respeito a nós mesmos, ao nosso país e ao que somos. Obrigada por nos mostrarem que não devemos aceitar a injustiça e a mentira; por nos dizer que não, não devemos aceitar um salário injusto, que desvaloriza o nosso trabalho.
E, principalmente, obrigada por nos ensinar a valorizar a nós mesmos.
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quarta-feira, 7 de setembro de 2011
Grand' Hotel
Às vezes é preciso abrir mão do imediatismo, do agora, do aqui, pra plantar o amanhã, pra cuidar do que pode ser. Porque às vezes sinto necessidade de apostar no futuro e então me vem um desejo de cuidar melhor do hoje, do que está nascendo... Assim como o jardineiro que abre mão da primeira sombra e poda a árvore porque sabe que ela precisa disso para crescer forte e tomar a forma certa. E eu me lembro que a pressa é inimiga da perfeição... e descubro que é preciso esperar. É necessário ser paciente; é necessário resistir à tentação do imediatismo tantas vezes! Percebo que as coisas verdadeiras e belas levam tempo para serem construídas. Ninguém ergue um castelo de um dia para o outro. Não! É preciso que haja tempo de espera... tempo de plantar, tempo de colher. O tempo é o maestro do magnífico. É preciso que haja tempo suficiente. É preciso que haja calma. E, acima de tudo, paciência. É preciso paciência para que a possibilidade não seja sufocada pela ansiedade. É preciso paciência para que o melhor possa vir.
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Um jeito novo de ver a vida.
Porque a vida é de uma sensibilidade desconcertante.
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
No final.
domingo, 21 de agosto de 2011
Série "Uma Carta para você" - Primeira Carta: Ao Tempo, com carinho.
Querido Tempo,
Você passou depressa, meu amigo. Ainda ontem éramos duas crianças brincando, alheias a tudo, a todos, ao mundo. Alheias a nós mesmas, até. Você não era tão importante, é verdade. Afinal, o que eram os meses, os anos? Confesso que isso não tinha para mim valor algum. Não podíamos dimensionar grandezas tão inúteis naquela época. As datas me pareciam totalmente abstratas, apenas uma voz adulta que de vez em quando perturbava, tão distante que soava irreal. Não havia preocupações, querido Tempo. A vida cabia toda num único instante, num sabor de sorvete, numa tarde no parque, na água gelada da piscina. Tudo era tão simples. Quem é que se preocupava com o dia de amanhã? Os adultos, certamente. A nós, crianças, cabia apenas a delícia do hoje, a glória do agora, a alegre solidez dos minutos bem aproveitados, sorvidos com avidez. Para nós, o amanhã não existia. Após o hoje, haveria um novo hoje, e outro, e outro mais. A incerteza do futuro não tinha poder sobre nós. Íamos, assim, felizes, munidos de sorrisos, travessuras, molecagens. Grandiosos príncipes e princesas, cavaleiros, desbravadores de milhões de mares, bailarinas, marinheiros, astronautas, possuidores de todas as garantias. O mundo era nosso, e cabia na palma de nossa mão.
Ser criança era de fato algo muito simples. Porque criança não tem essa de 'ser ou não ser', não existe a hipótese dessa questão. Ela é. O que quiser. E só.
Mas aí veio você com sua curiosidade medonha, Tempo. E as coisas mudaram de repente. Você abriu o portal para uma nova dimensão, o qual atravessamos juntos, em meio a passos vacilantes.
Então você se fez notar. Abriram a temporada de prazos e datas-limites. Uma judiação o que fizeram com você, querido amigo. Tolheram a sua liberdade. Penso em como você deve se sentir. Um sujeito outrora tão livre, tão cheio de si, em poucos anos preso, arregimentado, minuciosamente controlado. Tão triste viver assim!
Ai, Tempo. Tenho pena de você. Tenho pena de nós dois. Sei que não era para ser assim; você e eu planejamos tudo de forma tão diferente! Na nossa maneira de conceber o futuro, as coisas seriam mais pacatas e mais serenas. Éramos dois sensíveis, você se lembra? Dois utópicos sonhadores...
O nosso erro, querido Tempo, eu já sei qual foi.
O nosso erro foi ter pensado a vida sob a ótica ingênua das crianças.
Ana Teresa.
sábado, 20 de agosto de 2011
Aquilo que eu não disse.
Tenho andado pensando em tantas coisas. Preocupando-me com tantas coisas. Tanto a fazer, tantos horários a cumprir. Nessas idas e vindas, quase me esqueci de você. Eu disse 'quase', veja bem. Em meio a uma reunião de negócios, ou simplesmente voltando do escritório, quando sinto a brisa fresca da tarde a tocar-me o rosto, lembro-me do quanto você gostava do vento. E vem à minha mente a imagem do seu vestido leve de verão, seus cabelos cor de mel espalhando-se em milhares de direções distintas. Impossível esquecer. Escuto seu riso fresco, vejo novamente seus lábios entreabrirem-se revelando um doce sorriso. E, num instante de louca inspiração, penso ouvir a sua voz. Viro-me, procuro por você e tudo o que encontro é a sua ausência. Então me lembro das suas explicações sobre furacões e tornados. "São apenas ventos furiosos, Miguel", você costumava dizer. Lembro de achar você tão louca. Tão louca, meu Deus. Todas aquelas idéias cosmológicas, todo aquele vinho regado à filosofia, os sete brincos na orelha esquerda, a paixão por comédias românticas e cachorros, as lágrimas vertidas copiosamente ao assistir o último capítulo da novela das oito... e, ainda por cima, aquela mania de falar sobre ventos. Você era tão diferente de todas as pessoas que eu conhecia. Suas poesias rabiscadas no caderno de economia do jornal matutino. Sua mania de neologismos que eu quase nunca entendia. Sua maneira nada sutil de fazer-se notar. Lembro-me de perder o rumo da conversa quando encontrava seus olhos morenos ali boiando no caminho. Lembro-me de esquecer a pronúncia das palavras quando ouvia você chamar meu nome. “Miguel, você viu o jornal de ontem? Um tornado, em algum lugar... Ei, Miguel, você acha que eu deveria tatuar um ciclone nas costelas? Miguel? No que você está pensando? Miguel! Miguel!”
E eu, que achava absurdo seu riso parecer tão sincero, eu, que me perguntava se tanta felicidade podia de fato existir, fiquei perplexo na primeira vez em que me peguei pensando em você.
Tantas palavras não ditas. Tenho a impressão de que você sempre esperou ouvi-las.
Eu te amava tanto. Amava tanto ao ponto de deixar bem escondido. Aquelas ligações anônimas que você recebia de madrugada? O buquê de flores sem cartão que você recebeu no trabalho? Fui eu. E, onde quer que você esteja, por Deus, saiba que não há um único dia sequer em que eu não deseje voltar no tempo. Pra fazer tudo diferente, sabe? Colocar um cartão assinado por mim naquele maldito vaso de flores. Te ligar num horário normal convidando para ver aquele filme que ficou em cartaz por duas semanas. Você queria tanto ver aquele filme.
Todas as coisas do mundo me parecem tão inúteis agora. Nada trará você de volta. Você se foi para sempre.
Tantas palavras não ditas. Tenho a impressão de que você sempre esperou ouvi-las.
E eu sempre quis dizê-las.
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
Carpe Diem
domingo, 31 de julho de 2011
Enquanto o sol não vem.
Eu sei que vai passar. Sei que logo, logo o sol vai aparecer e toda essa escuridão vai ser apenas uma lembrança ruim. E, quando o sol chegar, eu vou agradecer por todo esse período de aprendizado, vou agradecer por todas as lágrimas derramadas, por todas as descrenças, por todas as indecisões que me ensinaram a valorizar a certeza, a fé, o sorriso, a alegria. Eu sei que o sol vai se levantar mais brilhante do que nunca... pra iluminar a vida, pra dizer que sim, tem solução. O sol tá chegando pra anunciar tempos melhores! Sei que ainda vamos celebrar tanta felicidade!
Enquanto o sol não vem, deixa estar que a gente inventa. Inventa motivos pra sorrir, inventa razão pra continuar. Enquanto o sol não vem, a gente colore, pinta, renova, recicla, muda um pouco o visual. Nessa espera a gente se repensa, se descobre e reaprende a amar. Se acalenta, se observa, vem comigo, vem sem pressa que a vida prometeu nos guiar.
Enquanto o sol não vem... espera comigo, que eu tô esperando por você.
sábado, 30 de julho de 2011
terça-feira, 12 de julho de 2011
Simplesmente.
Quem foi que disse que, na vida, a gente tem que levar tudo a sério? Menos às vezes é mais...
E para quê pensar em tudo, em todas as hipóteses, no passado, no futuro? Certas coisas não foram feitas para serem pensadas. Ao contrário. Em determinados momentos, o melhor a se fazer é apenas sentir.
Todas as palavras devem ser de fato ouvidas? Todas as lembranças devem permanecer intactas na memória? Até mesmo aquilo que te derruba, que te faz sofrer, até mesmo isso deve ir com você?
Esqueça o que der pra esquecer... O perdão areja a alma.
Para quê estar sempre tão sisudo, como se a vida em si fosse um problema complicado de resolver? Será medo de alegria? Será medo de gostar de viver?
Tanto estresse, tanta pressão... a troco de quê?
Nada disso faz a vida ficar mais bonita. Nada disso é solução.
Se o seu coração não está feliz, todo o resto é ilusão.
Vire-se do avesso. Descubra-se. Escute-se.
Se achar que deve ir, vá. Se depois quiser voltar, volte.
Mude a ordem das coisas.
Mostra esse sorriso que você andou guardando pro momento especial...
Faça do "hoje" o melhor dia da sua vida...
Porque felicidade é para quem não se deixa esmorecer!
"No fundo, mesmo lendo tanto, pensando tanto e filosofando tanto, a gente gosta mesmo é de quem é simples e feliz. A gente não se apaixona por quem vive reclamando e amassando jornais contra a parede. A gente se apaixona por esses tipinhos banais que vivem rindo. E a gente se pergunta: que é que ele tem que brilha tanto? Que é que ele tem que quando chega ofusca todo o resto?"
terça-feira, 5 de julho de 2011
***
Música do Lenine... uma das minhas preferidas. Sei lá, achei que combinava com o texto. :)
Lenine
"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não... a vida não para) "
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Sobre fotografias e não-saberes.
- Você já deveria saber que perderia a competição de natação.
À menina de quatorze anos eternizada numa das fotografias, dizia simplesmente:
- Ele nunca gostou de você, sua tonta.
Chegava então à sua foto preferida. A maior de todas, ocupava o centro do quadro. Uma menina quase moça, bonita, vestido formal, valsa. A festa de 15 anos. Um sorriso enorme no rosto de cada convidado ali retratado. A própria garota sorrindo como se tanta felicidade já não coubesse dentro de si.
A esta fotografia, costumava dizer:
- Você não sabia que aos dezoito anos seria apenas triste e solitária. Você esperava festas, bailes, vários amigos, roupas bonitas. Mas tudo o que você tem hoje é infelicidade.
A causa de tanta tristeza não sabia, e essa era a sua maior dor. Não fora assim sempre; houve um tempo em que todo dia era verão, e os passarinhos estavam sempre a cantar-lhe na janela. Mas o inverno veio chegando, e, num repente, as nuvens encobriram o sol.
Porque não era como as outras? Sempre agarrada aos seus livros, escritos e filmes intermináveis. Porque não música alta, multidões?
A garota perdeu-se em seus pensamentos. Lançou um último olhar ao quadro; encarou a menina sorridente dos quinze anos:
- Eu quero você de volta.
quinta-feira, 23 de junho de 2011
e nada faz sentido.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Visita Sutil.
sábado, 4 de junho de 2011
Promessa.
Andava distraída naquela manhã de junho. Imersa em pensamentos, perguntas e talvez algumas respostas. O sopro leve da brisa que bagunçava-lhe os cabelos. O sol que despontava, tímido. Um céu que ensaiava azul e despertava amores. E de repente tudo lhe pareceu tão certo! Todas as dúvidas dissipadas por um milagre matutino. E de repente tudo lhe pareceu tão claro! Todos os sentimentos finalmente desvendados. O riso gentil da garota ecoou pelo universo. E todo o universo pareceu sorrir em resposta.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Indelével
As pessoas não são descartáveis.
Um tanto quanto óbvia para muitos, mas absolutamente encantadora, essa afirmação de repente me comoveu.
É que então eu me lembrei dos momentos em que me decepcionei com alguém. Momentos em que parecia mais fácil e muito mais cômodo retirar sutilmente aquela pessoa da minha vida... "Esquecer" de dar bom-dia, de ligar no aniversário, cortar assuntos, confidências. Ignorar, fingir que essa pessoa nunca existiu, nunca fez parte de você. Sabe como é? Algo como uma declaração muda: "Não te quero mais na minha vida". Mas acontece que as pessoas não são descartáveis. As pessoas não podem ser jogadas fora. Os momentos felizes, as risadas, as mãos estendidas que tantas vezes ajudaram a me levantar - tudo isso será apagado, esquecido, ignorado, manchado para sempre por um erro cometido? As pessoas não são descartáveis... não são feito o brinquedo quebrado que anos atrás eu deixei num canto qualquer da sala de estar. As pessoas não são descartáveis. Não são como um projeto mal feito que não satisfez as minhas expectativas. Quando se trata de pessoas, é impossível amassar a folha e em seguida jogá-la no lixo.
E tantas vezes as pessoas nos decepcionam... ou nós é que nos decepcionamos com elas? Tão mais fácil rasgar o verbo, sair correndo sem olhar para trás, tão mais fácil virar a página e começar outra vez a busca pela pessoa perfeita! Sem pensar por um minuto que talvez (só talvez!) o outro valha a pena! Que o outro também tem suas próprias reclamações, sua própria visão de mundo, da vida, das pessoas, do relacionamento. O outro também é gente! Eu também sou gente! E gente que é gente erra e acerta o tempo todo. Tão mais fácil "esquecer" que a perfeição que exijo dos outros inexiste em mim!
As pessoas não são descartáveis. Que bom que quando errei encontrei pessoas que me perdoaram e que decidiram continuar perto de mim. Pessoas que decidiram que eu ainda valia a pena, que ainda valia a pena estar ao meu lado!
As pessoas não são descartáveis. Através dessas palavras eu percebi que é necessário, ao olhar para as pessoas, ver além de um monte de erros e fracassos. É preciso olhar com amor, até enxergar ali um ser humano igual a você.
domingo, 29 de maio de 2011
Vãs filosofias.
Tédio vespertino. Cochilo adiado, sono que vem, quase pára, mas continua seu caminho - indiferente, amolador. Danado de sono que não chega logo!
Jogada na cama, travesseiro por cima da cabeça, a garota tenta ordenar os pensamentos. Por quê o sono não chega logo, Meu Deus?! Precisava descansar, logo o seu horário de almoço teria fim e mais uma tarde de estudos teria seu início. Ela estava exausta, entretanto não conseguia pegar no sono. Que engraçado! Por quê será que o sono não vem quando a gente mais precisa dele? E por quê será que esse vinha, sem ser convidado, justamente na aula de Matemática?! Ela gostaria de saber a resposta.
Tentou esvaziar a mente. Havia lido num livro - o qual esquecera o nome - que esvaziar a mente de todo e qualquer pensamento era essencial para dormir bem. Droga, essa era uma tarefa realmente difícil para uma garota de dezessete anos. Tudo o que fazia era pensar... sua mente sempre abarrotada de pensamentos, em sua maioria inúteis. Pensar lhe era tão natural quanto respirar. Mal acabou de pensar esse pensamento, teve uma crise de risos. Que conversa de doido era aquela? Imaginou a cara de seus amigos se eles pudessem passear por sua mente. Com certeza iriam dizer que ela era estranha demais. E daí? Sabia que era estranha. Mas adorava ser estranha, todavia.
De repente, um som cortou o ar, e na sequência, cortou os pensamentos da menina.
O Hino Nacional... Distante, fraquinho, quase um sussurro em seus potentes ouvidos. Entreabriu os olhos. Ali o seu quarto, seu mundo, seu recanto. Na janela, sua cidade se fazia notar. Engraçado! E se ela tivesse nascido em outro país?! Melhor, quem decidira fazê-la nascer justamente no Brasil? Haveria nisso algum propósito, ou seria um simples fato que de nada importava? Será que nos Estados Unidos, na Etiópia, na Inglaterra, melhor ainda, no Japão, será que haveria garotas nesses países pensando o mesmo que ela nesse exato segundo? Como seria seu quarto, sua casa, sua família, se houvesse nascido em algum outro país? E sua aparência? Seria diferente? E sua alma, continuaria a mesma? Estaria pensando tudo isso se fosse fisicamente diferente do que o espelho lhe mostrava?
Riu sozinha. Ai ai, esses pensamentos confusos que lhe invadiam feito vontade de comer doce, de vez em quando. Essas vontades que a gente não consegue conter. Os pensamentos eram assim mesmo: uma enxurrada de coisas estranhas que ela não sabia de onde vinham. Mas estavam ali. Disso tinha certeza.
Ai, meu Pai. Que coisa incrível que era a vida, né? Que coisa incrível, incrível, incrível. Saber que tudo poderia ser extremamente diferente do que é, mas que por algum motivo obscuro a ela, tudo era só e simplesmente aquilo que era. Ah não, de novo não. Tá vendo só? Ela era estranha mesmo. Os amigos estavam certos. Parecia que não falava coisa com coisa. Melhor sair da cama, não ia dormir mesmo. Ir fazer algo útil, isso sim. Mas de uma coisa ela sabia: a vida era incrível, incrível, incrível, mesmo que a maioria das pessoas nunca pensasse nisso.
terça-feira, 24 de maio de 2011
Tranças douradas.
A palavra quase salta, os lábios quase abertos, mas eu penso, repenso e resolvo que não.
Começo a ensaiar meus próximos passos. Se vou? Se fico? Se não fico, eu vou, mas se vou eu quase fico (nunca irei por inteira). Há sempre uma parte de mim que insiste em não-saber. A outra parte grita, diz urgência, pede atitude, tem sede de decisão, cobra mais lugares, mais pessoas, mais gestos queridos, mais coragem. Mais, mais, mais. Ousada metade do meu ser, sempre querendo tudo o que o meu eu inteiro não consegue dar.
A outra parte, gêmea coitada. Sem certezas, tímida de fazer dó. Sempre corrigindo as travessuras impulsivas da irmã deslumbrada. É ela quem me ruboriza as faces, me torna desajeitada e propensa a tropeções. É ela quem me sopra aos ouvidos:
"- Indecisa! Simplista! Sem sal!"
Desastre em potencial.
E eu, eu mesma, sobro inteira e dividida, eternamente dividida, mera platéia de uma briga entre duas gêmeas levadas.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
O que consola.
quarta-feira, 18 de maio de 2011
Bad Hair Day³
domingo, 8 de maio de 2011
Alone.
sábado, 30 de abril de 2011
Sobre autonomia e coragem de ser quem se é.
quarta-feira, 27 de abril de 2011
A praticidade dissolve os homens*
Nunca soube de fato. Dela, só se sabe que seguiu. Seguiu assim, sem mais certezas, possuidora apenas de si mesma, e de sua própria vontade. Mas isso não é tudo o que realmente importa?