Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!







quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não entendo algumas atitudes que tomamos em determinados momentos de nossas vidas. Não entendo hoje, porque na época, eu nem me preocupava em entendê-las. Claro que não. Mas o tempo passa, e com o tempo vem o amadurecimento (ou pelo menos devia ser assim. Ou não?). Então, partindo do princípio de que amadurecemos com o tempo, com toda certeza desaprovamos algumas atitudes que tomamos no passado. Mas quer saber? Desaprová-las é perda de tempo. Não podemos mudar o passado. O futuro nós podemos. Então, gostaria de criar o hábito de refletir, ao invés de desaprovar. Porque sinceramente acredito que faremos muito mais por nós mesmos refletindo sobre nossas vidas (passadas) do que desaprovando-as. Por exemplo: que atire a primeira pedra quem nunca procurou conselhos mirabolantes, fórmulas mágicas, receitas prontas para fazer alguma coisa dar certo. Alguma coisa que realmente fosse desejada. Pode ser fazer aquele namoro engrenar, resolver aquele problema familiar, passar no vestibular, sei lá. Qualquer coisa que se quisesse, de verdade. Pois é. Pesquisamos, nos informamos com todas as pessoas próximas de nós, pegamos uma parte daqui, outra dali, e formamos a receita de felicidade e sucesso. Aquela, que, na teoria, é infalível. Só na teoria mesmo, desculpe informar. Porque na prática... bem, na prática, tudo muda de figura. Pois bem, quando colocamos a tal receita em prática, esperamos que os resultados sejam perfeitos, no mínimo bons. Ora, porque não esperar que dê certo? Deu certo com todo mundo, porque conosco não iria dar? Mas o problema é justamente esse: não dá certo conosco. Parece não dar certo nunca. Estive pensando nisso recentemente. O porque de não dar certo, justo na nossa vez. E sabe o que eu descobri? O problema está na tal receita! Porque, felizmente, a vida não é um bolo, relacionamentos não são bolos, família não é bolo. Portanto, não existe essa de "três xícaras de determinação, mais uma pitadinha de ousadia, querida, que dará tudo certo." Tudo bem, não há como negar que alguns valores e atitudes costumam mesmo levar ao sucesso. Mas não é via de regra, nada é garantido. A vida não é um contrato que se assina, no qual se prevê todos os possíveis problemas, como também as possíveis soluções, a multa de recisão, etc e tal. Não! A vida é - porque não? - um risco. É um risco muito emocionante, se me permite dizer. É um risco encantador, e parte do seu encanto é ser um risco. A outra parte é que é uma folha em branco. Cabe a nós escrevê-la. Sem rascunhos. Sem borracha. E não adianta tentar "colar" parte da escrita dos outros no nosso papel. O resultado soará falso. Não há garantias. Mas isso não é triste, isso não é injusto. Isso é a vida. É assim para todos. Por isso cheguei à conclusão de que temos mais é que assumir os nossos riscos, pensar em nossa vida como algo único, porque ela é. Escrevê-la, sem medos, da melhor maneira que pudermos, com o melhor do nosso ser. Ninguém pode escrevê-la por nós. Essa é uma tarefa que fazemos sozinhos, mas não sós. Por isso, esqueça as receitas, provavelmente elas não irão funcionar. Assuma-se, e acredite: a vida é curta demais e é muito mais bonita quando nós mesmos fazemos a nossa receita.
"No final, você vai ver que sempre foi entre você e Deus, nunca entre você e os outros!"