Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!







quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Pronta ou não, aí vou eu.


De repente você se vê andando por caminhos nunca antes percorridos, se vê falando com pessoas que jamais imaginou conhecer, se vê vivendo uma realidade que nunca pensou que um dia pudesse chamar de sua. Então você pára em frente a um espelho qualquer e analisa a imagem que ele reflete. Não, você não mudou nada. Mas, ora, por que parece ter passado tanto tempo? Tanto tempo desde... sempre? Por que as coisas estão tão diferentes, por que a vida deu assim esse giro de cento e oitenta graus, essa guinada radical? O que fazer com tanto medo, com tanta indecisão, o que fazer com tanta vontade de fazer dar certo, o que fazer com tanto deslumbramento, agora é você mesmo quem tem que decidir. Você se percebe pensando no quanto está rodeado de pessoas e irremediavelmente só, porque no final das contas é só com você mesmo que você deve contar. E agora é você quem tem que ser forte, e botar em prática todas aquelas palavras bonitas que um dia leu. Agora é você quem tem que fazer dar certo, saber onde pisar, quando correr, com quem chorar. E você chora, por que de repente se descobre meio adulto, cedo demais. E você quer, por Deus, você quer realmente ter todas as respostas. Você quer dar conta de tudo, você quer que isso seja bonito, soe bem, porque afinal, meu Deus, afinal é a sua vida que você está construindo, não é? Mas ter tanto sobre as costas é pesado, e uma hora a dor teima em aparecer. E a gente não sabe, simplesmente não sabe, o que fazer.
De repente você se vê observando um jardim qualquer, sentado num banco qualquer, procurando por uma resposta qualquer. E você acaba percebendo que talvez ande pensando demais, sentindo demais, sofrendo demais. Querendo saber demais. Por que ter todas as respostas, isso já é querer demais.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

A menina que se perguntava ou, talvez, A menina que tinha fome de respostas


A garota caminha pensativa pela ruazinha quase deserta. Passos contados, detalhes analisados, a menina caminha... Vê do outro lado um prédio grande e amarelo, escuta vozes em animada conversa. E então a menina quase para. Perde um pouco o rumo, perde-se um pouco da circunstância. Sua alma sensível voa para longe dali, e, sem perceber, a menina começa a imaginar... Haveria algum curioso numa janela qualquer? Alguém que bebesse seus passos, que admirasse seus gestos de menina perdida e só? Haveria então algum poema rabiscado num canto de caderno, haveria então alguma ode à menina que caminha tão sozinha, tão só? Por que não montes de versos e rimas que fizessem daquele lugar algo mais acolhedor? Por que não montes de almas sensíveis e sinceras, guardiãs de sonhos bons?
Por que a vida tinha de ser assim tão complicada e ao mesmo tempo tão divina, por que é que a vida tinha que encantá-la assim, daquela maneira? Por que ela tinha que amar tanto as pessoas ao ponto de gostar delas de imediato, por que tantas esperanças ilusões nuvens de algodão que insistiam em se refazer mesmo sendo rudemente despedaçadas?
Mas a menina se deu conta de que não existiam respostas. Só existia a vida, assim meio bruta, meio trágica e completamente doce... Só existia a vida e suas várias interrogações.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Sobre mudanças ou simplesmente Reticências



E de repente a vida muda. Muda o céu, a cor, o ar, muda a cidade, muda a vizinhança, muda a estrada, muda o sentido. E de repente você muda... Não por escolha, vontade ou determinação. De repente você muda simplesmente porque está nesse planeta... onde tudo é passível de mudanças. Você muda porque... sei lá. Devia estar escrito em algum lugar, num livro dos destinos, enfim. Talvez lá no fundo você até mesmo soubesse, será? Não sei.
Você muda de repente... e se vê caminhando rumo a novos desafios. Mais um ciclo que se fecha, outro pronto para começar. Mas você não planejou, de repente nem pensava nessa possibilidade ou talvez até pensasse bem remotamente, vai saber. Acontece que isso veio até você, a vida te entregou nas mãos um pacote brilhante e colorido... E você decide abrir o pacote pra ver se ele esconde um presente bonito. É isso. Você abriu o pacote, aceitou esse presente e todas as consequências que ele implica. E agora você vai mudar, porque sua vida já mudou.
Mudanças são mesmo inevitáveis. E dão medo, frio na barriga, confundem os sentimentos, dão à luz indecisões. Mas são fundamentais para o amadurecimento, crescimento e, em alguns casos, realização pessoal. Elas fazem parte do caminho que você tem que trilhar aqui.
Que seja doce, que seja belo, mesmo que não seja fácil...
E que no coração haja sempre a certeza de um sol lindo e brilhante, capaz de fazer a gente se esquecer até mesmo da pior tempestade.
Que a essência não se perca pelo caminho...
E que você busque sempre a felicidade, independente de todo o resto. Porque isso é tudo o que interessa, no final das contas.