A garota caminha pensativa pela ruazinha quase deserta. Passos contados, detalhes analisados, a menina caminha... Vê do outro lado um prédio grande e amarelo, escuta vozes em animada conversa. E então a menina quase para. Perde um pouco o rumo, perde-se um pouco da circunstância. Sua alma sensível voa para longe dali, e, sem perceber, a menina começa a imaginar... Haveria algum curioso numa janela qualquer? Alguém que bebesse seus passos, que admirasse seus gestos de menina perdida e só? Haveria então algum poema rabiscado num canto de caderno, haveria então alguma ode à menina que caminha tão sozinha, tão só? Por que não montes de versos e rimas que fizessem daquele lugar algo mais acolhedor? Por que não montes de almas sensíveis e sinceras, guardiãs de sonhos bons?
Por que a vida tinha de ser assim tão complicada e ao mesmo tempo tão divina, por que é que a vida tinha que encantá-la assim, daquela maneira? Por que ela tinha que amar tanto as pessoas ao ponto de gostar delas de imediato, por que tantas esperanças ilusões nuvens de algodão que insistiam em se refazer mesmo sendo rudemente despedaçadas?
Mas a menina se deu conta de que não existiam respostas. Só existia a vida, assim meio bruta, meio trágica e completamente doce... Só existia a vida e suas várias interrogações.
É, vida e suas velhas pergunta sem respostas. Sabemos como é, a cada dia, a cada minuto. Sobre a historia, um pouco de mistério é sempre bom. Belas palavras as suas. Belo post linda.
ResponderExcluirBjws;.
Visita?
http://semguarda-chuvas.blogspot.com/
Lindo... esse texto vc ama escrever como eu.....Ana
ResponderExcluirParabéns pelo texto,,,