Porque escrever é uma terapia. Cura a alma de quem lê. Cura a alma de quem escreve.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Ponto Final
A verdade é que sinto falta de tudo, de tudo que ainda não aconteceu. Saudades do que não houve. Eu sei que é contraditório, eu sei. Mas talvez o próprio amor seja uma contradição. Ou mais além: pra quê contradição maior que a vida?!
Estou a cada dia mais convencida de que todo esse aperto no peito, esse vazio que me enche de tristeza e solidão são, no fundo, sintomas de saudade. Saudade aguda, é o diagnóstico final.
Eu sinto sua falta. I miss you. Diria em outras línguas também, se eu as soubesse. Me dou conta de que não sei sequer qual língua você fala. Nem o país onde vive. Não te conheço. Não sei quem você é. Desconheço a cor dos seus olhos quando você chora, o jeito com que penteia seu cabelo, seu desejo mais íntimo, seu medo mais profundo. Não sei qual é a sua cor preferida ou quem é seu melhor amigo. Enfim, não sei nada sobre você. Mas isso não muda o fato. Eu sinto a sua falta. Ponto final.
3º Lugar no Concurso Happy End 2010
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Desatino coerente
Num desatino coerente, desisti de tentar corresponder a todas as expectativas. Abri a gaveta e num ímpeto joguei fora os velhos papéis. Anotações, lembretes, sonhos e desejos de uma vida que há muito não era mais a minha. A caderneta de telefones. Maioria números discados por obrigação. A elegante obrigação social de dizer olá, tudo bem, como vão as crianças, e etc e tal quando no fundo a única coisa que se quer é ficar em casa olhando o céu através da janela. Joguei-a fora também. Despi-me das fantasias inúteis e dos desejos ingênuos de quem vive para agradar alguém. Resolvi admitir-me como sou; eu por completo, minhas certezas e minhas dúvidas também. O que sou e o que não sou. Por enquanto. Lavei a cara e a alma de toda a maquiagem. Sem mais desculpas, sem mais angústias, sem mais disfarces. Saí fora de tudo aquilo que há muito não me agradava. E consegui pensar claramente em minha vida e em minha única obrigação, a qual chamamos ser feliz. E não importa quanto tempo leve, o quanto as pessoas falem, não importa mais nada além da felicidade que estou pronta para buscar. Finalmente a gaveta está limpa. Minha alma também.
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Wind of Change
Tive essa certeza quando senti o vento que entrava pela janela aberta. O vento estava diferente aquela noite, e parecia trazer mudanças em sua composição. Mais frio que o normal, mais vagaroso, mais sutil e mais breve.
Levantei-me e me analisei diante do espelho grande da sala de estar. O vento não havia sido o único a mudar nos últimos anos. Meu rosto mudara, meu corpo mudara, meus traços agora estão mais marcados, mais evidentes, e meus olhos já não riem como antes, não com tanta frequência.
Abri a gaveta da escrivaninha, peguei o caderno velho, velho conhecido meu. Reli todas as páginas escritas do meu diário quase secreto. Meus escritos vinham mudando há algum tempo, me dei conta. Meu estilo era outro, algo mais frio, mais vagaroso, mais sutil e mais breve.
Me dei conta de que acompanho o vento... Nós dois assim tão instáveis, tão voláteis, tão andantes, tão indecisos, tão frescos, tão... incompletos. Duas almas assim tão impetuosas. Desejosas de liberdade!
Fechei os olhos, concentrei-me em escutar o que o meu irmão vento estava a me dizer.
Foi então que tive a certeza de que as coisas vão ser, sempre, diferentes.
O vento me anunciava mudanças.
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Mas é certeza que irei continuar sendo o melhor que posso ser, mesmo nas adversidades, mesmo que me digam que você não mereça. Porque não faço isso por você. Faço isso por mim. Faço isso por todos aqueles que acreditam ainda haver decência na alma humana.
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 18 de dezembro de 2010
Ignorou todos os problemas, e dentro de meia hora Jessica já se encontrava no restaurante, junto com sua família. Procurou se divertir ao máximo. Aquela noite não seria nada menos do que inesquecível, ela pensou.
Mais tarde, Jessica dava o beijo de boa noite em Henri, colocando-o para dormir, quando o garotinho disse:
- Mamãe, seu dia foi mesmo horrível?
Jessica assustou-se com a pergunta repentina, mas sorriu tranquila e respondeu:
- Não, meu amor, meu dia foi incrível.
Henri pareceu confuso.
- Mas você disse que teve tantos problemas hoje mamãe...
Jessica simplesmente segurou a mãozinha do filho e lhe disse, baixinho:
- Meu dia foi incrível porque eu decidi que ele seria. Não importa quantos problemas você tenha, Henri; um dia você percebe que tudo é questão de escolha. E hoje eu decidi ser muito, muito feliz, apesar de tudo.
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
As piores situações.
A menina que tinha medo da felicidade ou Entre o medo e a felicidade.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
- Por que você tinha de estragar tudo?
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Uma vez mais.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Garota Medrosa.
Hoje eu descobri que eu tenho medo de me apegar às pessoas. Sim, tenho medo. Medo de me apegar demais a alguém, de tal maneira que essa pessoa se torne essencial para mim. Medo de simplesmente não conseguir viver sem ver aqueles olhos, sem escutar aquela risada. Pavor de amar demais, demais, para depois ver partir, às vezes para nunca mais voltar. Hoje eu descobri que me sinto segura apenas quando me sinto amada, parte essencial da vida de alguém, mas ao mesmo tempo não digo à pessoa que a amo, que ela faz parte de mim, e que ela me faz falta. Como se ao dizer o que sinto, ao demonstrar meus sentimentos eu me tornasse frágil, frágil demais. Errada, até. Descobri também que tento evitar todos os possíveis sentimentos de afeição, evito também confirmá-los com as palavras, pois parece que quando digo que amo, aí é que amo mesmo. Talvez minha boca tenha mesmo uma conexão direta com o meu coração; só assim é possível explicar porque até ontem eu estava bem, até ontem, quando não havia dito ainda o quanto você é importante para mim. Depois que eu pronunciei essas palavras, ah, parece-me que o meu coração sentiu-se livre para realmente sentir, como se minhas palavras houvessem sido sua carta de alforria. Ele livrou-se das algemas, dos grilhões, e o resultado foi este: estou morrendo de saudades de você, estou pensando que talvez você não me ame, estou me recriminando por ter dito tais palavras; estou com medo de tê-lo assustado com minha demonstração de carinho, estou te gostando mais do que nunca. Na verdade, tenho medo de que agora você não mais se importe comigo, pois eu já lhe confidenciei o quanto gosto de você. Tenho medo de lhe revelar o verdadeiro tamanho da minha carência, e tenho medo de que você não se sinta preparado para gostar de uma garota tão carente de tudo. Mesmo que você tenha sido o primeiro a demonstrar seus sentimentos - eu tomei esse cuidado, não quis ser demais, reservei-me de modo a esperar a sua confissão; decidi-me e com uma força de vontade ferrenha contive meu impulso de garota sensível, pois meu desejo sempre fora dizer a você, ou melhor, gritar, que te amo, te amo, como de fato há muito tempo não me permitia amar, que te espero todos os dias, e que quando você não vem me sinto a pior pessoa do mundo, parece-me que inclusive perco a capacidade de enxergar em cores, sim, sem você o meu dia se torna cinza - mesmo tendo sido sua iniciativa, eu ainda assim não me sinto segura. Passam-me mil coisas pela cabeça, penso que talvez você queira apenas se divertir às minhas custas, mas ao mesmo tempo me recrimino por pensar tão mal das pessoas, por pensar tão mal de você. Então me arrependo por ter te conhecido, por ter me permitido pensar em felicidade, arrependo-me por pensar que minha felicidade estaria atrelada a você, mesmo sabendo que ela realmente está. Recrimino-me por não dar uma chance para mim mesma, por não dar uma chance a você, por não dar uma chance a nós dois. E digo em voz alta em qualquer conversa da qual participe, digo aquilo que preciso ouvir: quem não arrisca, não petisca; digo isso na esperança de conseguir viver aquilo que eu quero viver, na esperança de conseguir me libertar desse excesso de medo inútil, desse medo da vida, desse mau-hábito de enxergar sombras pelas paredes, de ter medo de tudo. Ao mesmo tempo que tenho medo da vida, tenho medo de não vivê-la, mas ah, de fato não consigo dizer bem qual medo é maior em meu coração, se o medo de estar com você ou o medo de te perder.
Assinado: Garota Medrosa
sábado, 11 de dezembro de 2010
Foi quando o celular tocou. Era ele. Seu sorriso abriu-se de imediato. Então ele não a esquecera?
Atendeu a ligação. Estava tudo bem, tudo normal, nada errado.
Ela respirou aliviada. Quase sempre asfixiava seus relacionamentos por medo. Sim, agora ela via que era apenas medo. Medo de sofrer, de não ser compreendida, de não ser amada, de ser feita de idiota. Sempre tão linda, e tão desconfiada. Insegurança. Pura, crua e simplesmente.
Suspirou, feliz. Apenas mais um medo que ela iria vencer. Afinal, se ela aprendera alguma coisa com toda a sua história foi que quem não se arrisca a perder, nunca pode ganhar.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Talvezes.
A tecelã de sonhos.
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Feliz Ano Novo.
Eu: - Quero sair no sol sem medo de me queimar, quero curtir o mar sem medo de me afogar, quero sair na chuva sem medo de pneumonia, quero uma vida mais bela e menos arredia, quero menos preocupação e mais verão, quero acreditar nas pessoas sem medo de estar enganada, quero correr na praia sem medo de torcer o pé, quero por um instante acreditar que a vida é tão fácil quanto deveria ser, quero pensar mais com o coração, e menos com o cérebro, quero ouvir a verdade como se não houvesse a mentira, ah, eu quero viver de verdade.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O vestido, o vinho, e sobre como adiamos a nossa própria felicidade.
Adiamos a nossa felicidade constantemente. Isso às vezes é tão comum, que até mesmo passa despercebido. Um clássico exemplo é a história do vestido de festa. Desejamos aquele vestido por meses, fizemos inúmeros planos para ele, até sonhamos com o dia em que o usaríamos! Finalmente, chegou o grande dia. Entramos na loja, compramos, levamos para casa. E guardamos. Isso mesmo! O vestido lindo, desejado por meses, está mofando no guarda-roupa. E não é por falta de oportunidade, não. Teve uma festa apropriada ontem, mas concluímos que aquela festa ainda não era A festa, não merecia um vestido tão especial... acabamos indo com o de sempre, mesmo. O novo, o belíssimo, este fica guardado, esperando a ocasião perfeita. Às vezes, a ocasião perfeita não surge, e às vezes ela surge, também. Mas aí já engordamos três quilos, o vestido já não nos parece tão lindo, na verdade, o entusiasmo se foi... E a vontade de usar o vestido, pra ser bem sincera, já se foi também. Ou seja, definitivamente, não foi uma ocasião perfeita, sim?
Selos!
Estes são os Selos:
- "Digno de ser Lido" e "Escritores Virtuais", dados aos melhores blogs nos quais o foco é a escrita. (Blogs de poesias, crônicas, textos, frases...)
- Este é indicado para blogs que você gosta de freqüentar:
- Este tem a regra de escrever 10 coisas sobre você:
10 coisas sobre mim:
- Sou muito romântica;
- Sou sensível e costumo me magoar facilmente;
- Sou extrovertida e bastante brincalhona;
- Adoro contar piadas para minha família;
- Não gosto de dançar;
- Detesto realizar tarefas domésticas, como lavar louça;
- Amo comédias românticas;
- Adoro ler e escrever poesias e textos diversos;
- Amo receber flores!
- Amo surpresas!
Os blogs que levam esses prêmios, na condição de seguirem as mesmas regras, são:
- Primeiro Livro (http://primeiro-livro.blogspot.com/);
- Sonhos pelo Vento (http://sonhospelovento.blogspot.com/);
- Not Everything Is As You Want (http://brunameiira.blogspot.com/);
- Taking Chances (http://monyarareeis.blogspot.com/);
- Escreva-me Cartas (http://nao-enviadas.blogspot.com/).
Mil beijos! Ana Teresa.