Caro destinatário, você nunca vai receber esta carta, mas se você um dia a encontrar, eu acreditarei que foi obra do destino e ficarei feliz se você a ler.
Hoje eu descobri que eu tenho medo de me apegar às pessoas. Sim, tenho medo. Medo de me apegar demais a alguém, de tal maneira que essa pessoa se torne essencial para mim. Medo de simplesmente não conseguir viver sem ver aqueles olhos, sem escutar aquela risada. Pavor de amar demais, demais, para depois ver partir, às vezes para nunca mais voltar. Hoje eu descobri que me sinto segura apenas quando me sinto amada, parte essencial da vida de alguém, mas ao mesmo tempo não digo à pessoa que a amo, que ela faz parte de mim, e que ela me faz falta. Como se ao dizer o que sinto, ao demonstrar meus sentimentos eu me tornasse frágil, frágil demais. Errada, até. Descobri também que tento evitar todos os possíveis sentimentos de afeição, evito também confirmá-los com as palavras, pois parece que quando digo que amo, aí é que amo mesmo. Talvez minha boca tenha mesmo uma conexão direta com o meu coração; só assim é possível explicar porque até ontem eu estava bem, até ontem, quando não havia dito ainda o quanto você é importante para mim. Depois que eu pronunciei essas palavras, ah, parece-me que o meu coração sentiu-se livre para realmente sentir, como se minhas palavras houvessem sido sua carta de alforria. Ele livrou-se das algemas, dos grilhões, e o resultado foi este: estou morrendo de saudades de você, estou pensando que talvez você não me ame, estou me recriminando por ter dito tais palavras; estou com medo de tê-lo assustado com minha demonstração de carinho, estou te gostando mais do que nunca. Na verdade, tenho medo de que agora você não mais se importe comigo, pois eu já lhe confidenciei o quanto gosto de você. Tenho medo de lhe revelar o verdadeiro tamanho da minha carência, e tenho medo de que você não se sinta preparado para gostar de uma garota tão carente de tudo. Mesmo que você tenha sido o primeiro a demonstrar seus sentimentos - eu tomei esse cuidado, não quis ser demais, reservei-me de modo a esperar a sua confissão; decidi-me e com uma força de vontade ferrenha contive meu impulso de garota sensível, pois meu desejo sempre fora dizer a você, ou melhor, gritar, que te amo, te amo, como de fato há muito tempo não me permitia amar, que te espero todos os dias, e que quando você não vem me sinto a pior pessoa do mundo, parece-me que inclusive perco a capacidade de enxergar em cores, sim, sem você o meu dia se torna cinza - mesmo tendo sido sua iniciativa, eu ainda assim não me sinto segura. Passam-me mil coisas pela cabeça, penso que talvez você queira apenas se divertir às minhas custas, mas ao mesmo tempo me recrimino por pensar tão mal das pessoas, por pensar tão mal de você. Então me arrependo por ter te conhecido, por ter me permitido pensar em felicidade, arrependo-me por pensar que minha felicidade estaria atrelada a você, mesmo sabendo que ela realmente está. Recrimino-me por não dar uma chance para mim mesma, por não dar uma chance a você, por não dar uma chance a nós dois. E digo em voz alta em qualquer conversa da qual participe, digo aquilo que preciso ouvir: quem não arrisca, não petisca; digo isso na esperança de conseguir viver aquilo que eu quero viver, na esperança de conseguir me libertar desse excesso de medo inútil, desse medo da vida, desse mau-hábito de enxergar sombras pelas paredes, de ter medo de tudo. Ao mesmo tempo que tenho medo da vida, tenho medo de não vivê-la, mas ah, de fato não consigo dizer bem qual medo é maior em meu coração, se o medo de estar com você ou o medo de te perder.
Assinado: Garota Medrosa
Hoje eu descobri que eu tenho medo de me apegar às pessoas. Sim, tenho medo. Medo de me apegar demais a alguém, de tal maneira que essa pessoa se torne essencial para mim. Medo de simplesmente não conseguir viver sem ver aqueles olhos, sem escutar aquela risada. Pavor de amar demais, demais, para depois ver partir, às vezes para nunca mais voltar. Hoje eu descobri que me sinto segura apenas quando me sinto amada, parte essencial da vida de alguém, mas ao mesmo tempo não digo à pessoa que a amo, que ela faz parte de mim, e que ela me faz falta. Como se ao dizer o que sinto, ao demonstrar meus sentimentos eu me tornasse frágil, frágil demais. Errada, até. Descobri também que tento evitar todos os possíveis sentimentos de afeição, evito também confirmá-los com as palavras, pois parece que quando digo que amo, aí é que amo mesmo. Talvez minha boca tenha mesmo uma conexão direta com o meu coração; só assim é possível explicar porque até ontem eu estava bem, até ontem, quando não havia dito ainda o quanto você é importante para mim. Depois que eu pronunciei essas palavras, ah, parece-me que o meu coração sentiu-se livre para realmente sentir, como se minhas palavras houvessem sido sua carta de alforria. Ele livrou-se das algemas, dos grilhões, e o resultado foi este: estou morrendo de saudades de você, estou pensando que talvez você não me ame, estou me recriminando por ter dito tais palavras; estou com medo de tê-lo assustado com minha demonstração de carinho, estou te gostando mais do que nunca. Na verdade, tenho medo de que agora você não mais se importe comigo, pois eu já lhe confidenciei o quanto gosto de você. Tenho medo de lhe revelar o verdadeiro tamanho da minha carência, e tenho medo de que você não se sinta preparado para gostar de uma garota tão carente de tudo. Mesmo que você tenha sido o primeiro a demonstrar seus sentimentos - eu tomei esse cuidado, não quis ser demais, reservei-me de modo a esperar a sua confissão; decidi-me e com uma força de vontade ferrenha contive meu impulso de garota sensível, pois meu desejo sempre fora dizer a você, ou melhor, gritar, que te amo, te amo, como de fato há muito tempo não me permitia amar, que te espero todos os dias, e que quando você não vem me sinto a pior pessoa do mundo, parece-me que inclusive perco a capacidade de enxergar em cores, sim, sem você o meu dia se torna cinza - mesmo tendo sido sua iniciativa, eu ainda assim não me sinto segura. Passam-me mil coisas pela cabeça, penso que talvez você queira apenas se divertir às minhas custas, mas ao mesmo tempo me recrimino por pensar tão mal das pessoas, por pensar tão mal de você. Então me arrependo por ter te conhecido, por ter me permitido pensar em felicidade, arrependo-me por pensar que minha felicidade estaria atrelada a você, mesmo sabendo que ela realmente está. Recrimino-me por não dar uma chance para mim mesma, por não dar uma chance a você, por não dar uma chance a nós dois. E digo em voz alta em qualquer conversa da qual participe, digo aquilo que preciso ouvir: quem não arrisca, não petisca; digo isso na esperança de conseguir viver aquilo que eu quero viver, na esperança de conseguir me libertar desse excesso de medo inútil, desse medo da vida, desse mau-hábito de enxergar sombras pelas paredes, de ter medo de tudo. Ao mesmo tempo que tenho medo da vida, tenho medo de não vivê-la, mas ah, de fato não consigo dizer bem qual medo é maior em meu coração, se o medo de estar com você ou o medo de te perder.
Assinado: Garota Medrosa
Não é tão bom assim conhecer pessoas novas,
ResponderExcluirsempre que começamos a gostar delas, elas se vão...
... E levam o nosso amor embora. Cordialmente.
Bjws"
"(*_*)"
http://nostudinhos.blogspot.com/