Porque escrever é uma terapia. Cura a alma de quem lê. Cura a alma de quem escreve.
Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!
domingo, 14 de novembro de 2010
Paradoxalmente fogo e mar.
Ela é a voz que se levantará quando todas as outras ficarem em silêncio. A garota do andar distraído e cansado, mas que lança fogo pelos olhos. O fogo que tem o mar agitado, em dia de tempestade: inquieta, inconstante, vida em ondas, vai e vem, vem e vai. Aquela das perguntas tolas para quem ouve, mas interessantíssimas para quem pergunta. E dane-se a reprimenda. Ela vai perguntar, de qualquer jeito. Ela tem uma dúvida, e não se cala. Aquela de pouca paciência e muita tolerância, do sorriso fácil e da intuição aguçada. Aquela que é imperfeitamente, simplesmente, ela mesma. Não é a mais bonita, não é a mais divertida; é a mais diferente. Elegantemente recolhida, estado de letargia consciente. Ousadamente extrovertida, sacadas inteligentes. Tão imprevisível quanto a própria vida. Tão humana quanto todos os outros, mais humana que a maioria. Não força simpatia, não força amizade, não força sorrisos, não força a si mesma. É fiel. Fiel à sua personalidade desconcertante, à sua natureza inconstante e irrequieta, fiel ao seu encanto. Não que seja algo exemplar, só não sabe ser de outro jeito. Tantas ideias que mal cabem na cabeça. Tantos pensamentos naqueles olhos escuros, que é melhor não olhar dentro deles, sob o risco de encontrar um novo mundo, e nele querer viver pra sempre. Eis então a melhor definição: aquela, rainha de um mundo novo, totalmente novo, apaixonante e particular. Mensageira de um novo tempo, de uma nova ordem, que quebra correntes, paradoxos, eterno recomeçar. Pois com ela o mar tem fogo em dia de tempestade.
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Olá!
ResponderExcluirEu conheço alguém que é exatamente assim. O interessante é que você conseguiu encontrar as palavras certas para descrevê-la tão... "paradoxalmente". E tenho quase certeza de que é isso que a torna tão encantadora e até... enigmática. Um "claro enigma" que só se revelará no tempo e na hora certa. Bjos.