Costumamos pensar que super-heróis não existem, que são frutos de uma imaginação fértil de algum autor.
Pois quero dizer que estamos todos muitíssimo enganados. Como podem não existir super-heróis?
Todos os dias, encontramos pela rua pessoas aparentemente normais, mas que são, no seu íntimo, grandes heróis, capazes de realizar as maiores façanhas.
Se não existem super-heróis, o que dizer da mulher analfabeta, mãe solteira, que sustenta sozinha seus quatro filhos, com um salário minúsculo? O que falar sobre seu cansaço, e sobre sua persistência, sobre sua força, e sua coragem?
E vão dizer que nunca notaram o menino pobre, de pés descalços, que, enfrentando a fome e o desespero, vai à escola assimilar um conhecimento distante? Nunca notaram sua garra, seu esforço, sua vontade de vencer?
E a respeito da mulher rica, belíssima, com tudo à sua disposição, que ousa enxergar além do seu próprio umbigo, que se atreve a ver a realidade, que trabalha a favor dos oprimidos? Falar o que a respeito de seu desprendimento, de sua solidariedade, de seu olhar fraterno?
O trabalhor comum, que acorda às cinco da matina, trabalha sob o sol e sob a chuva, que muitas vezes não dorme nem cinco horas por noite, que cuida da mãe doente, do filho excepcional, faz milagres com o orçamento limitado e, mesmo assim, não sonega os seus impostos? Será que não deve ser considerado um super-herói, por aguentar firme as cobranças, as preocupações do dia-a-dia, por resistir, por continuar a viver?
Por onde quer que eu olhe, eu vejo pessoas maravilhosas. Gente comum, que ri, que chora, que ama, que erra, que perdoa, que trabalha, que ajuda, que se sensibiliza, que se assume, que se importa, que se aprimora, que cai, que levanta, que vence, que perde, que vive. Que entra na dança da vida, dá uns tropeções, mas não perde o ritmo.
Diante de tudo isso, eu afirmo: acreditem em super-heróis. Porque eles existem.
Porque escrever é uma terapia. Cura a alma de quem lê. Cura a alma de quem escreve.
Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!
Oi Ana,
ResponderExcluirAmei seu texto, quando você fala de homens e mulheres paupérrimas, que lutam pela sobrevivência e para educar seus filhos. Quando fala da criança pobre com pés descalços e barriga vazia vai para a escola em busca de conhecimentos, eu parei e fiz uma retrospectiva ao passado e me vi nesta criança, que nestas mesmas condições, numa escola rural, lutava e estudava em busca de conhecimentos. E, hoje me vejo como uma felizarda, pela família que tenho e que permitiu que eu voasse mais alto, em busca de melhores caminhos, mais estudos na construção de minha vida e na vida de meus familiares. parabéns, estou seguindo seus passos. bjos