Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!







quarta-feira, 30 de março de 2011

just breathe


Algumas noites combinam com festas, badalação, amigos, música alta, risos. Outras combinam com um bom livro, um filme no DVD e um balde de pipocas.

Bem, essa noite combina com vazio.

Nem sempre o vazio é algo ruim... Na maioria das vezes o vazio não é bom ou ruim, quero dizer. É só vazio, e ponto. A gente é que tem medo de ficar sozinho com nossos próprios sentimentos. Daí transformamos o que era só vazio em sofrimento e amargura.

Mas esse vazio é um vazio diferente! Quase beira a paz de espírito... Tem cheiro de cansaço, mas um cansaço bom. Que nem quando você trabalha o dia inteirinho, chega em casa, banho e cama. Aquela sensação de dever cumprido. De saber que está correndo atrás, sabe? E é quando eu sei que tô tentando ser melhor a cada dia. É tudo o que faço, tentar e tentar de novo. E então consigo olhar com mais carinho para mim mesma, e durante alguns segundos me compreendo mais. Porque mesmo que haja uma neblina lá fora, e eu não consiga vislumbrar o horizonte, alguma coisa dentro de mim me diz que o sol está prestes a nascer. Tá chegando. Vai chegar, eu sei. E o caminho parece mais certo; a jornada, mais segura.

E toda a dúvida se dissipa por um segundo. Dentro do peito, só certezas que se provarão em dias futuros.

No fim das contas, são as noites de vazio que nos fazem continuar.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Pátria Amada, Idolatrada, Salve, Salve!


Quem nunca conversou com um estrangeiro não vai saber do que estou falando. Ou melhor, vai sim. Todos os brasileiros, residentes em nosso território ou dispersos pelo mundo, estão cansados de ouvir, dentro e fora de nossas fronteiras:

" - Ah, o jeitinho brasileiro..."
" - Ouvi dizer que o Brasil é um país muito corrupto."
" - O brasileiro tem fama de ser preguiçoso, malandrão. Dizem que adora tirar vantagem de tudo!"

Enfim. Essas tristes sentenças e suas possíveis variáveis são ditas mais vezes do que o imaginado. Alguns sorriem amarelo ao ouví-las, outros gargalham abertamente ou ficam muito bravos, e há ainda uma pequena (se Deus quiser, bem pequena) parcela de gente que se sente orgulhosa. Isso mesmo. Orgulhosa de seu jeitinho, que lhe possibilita conseguir aquilo que quer, não importando a custa de quê. Isso eu realmente acho lamentável. Acho que é tanta pobreza de espírito, que não merece sequer mais um comentário.
Mas o pior de tudo, é que o bom brasileiro - sim, aquele honesto, trabalhador e íntegro, que devolve os 10 centavos a mais que recebeu no troco do pão (sim, ainda existe honestidade no mundo. Não, honestidade não saiu de moda) - acaba levando a má-fama que não merece. Porque quando os Estados Unidos "presentearam" o Brasil com o personagem da Disney "Zé Carioca", desde sempre retratado como preguiçoso, malandro, desonesto e fanfarrão, ninguém se lembrou que nem todo carioca é um Zé Carioca. Melhor ainda: ninguém se lembrou de que existem brasileiros muito diferentes desse tal Zé Carioca. Resultado: enquanto os E.U.A. têm o Superman, símbolo de todo o bem que um ser humano pode fazer, nós aqui do Brasil arrastamos pelo mundo afora o Zé Carioca. Enquanto a Liga da Justiça americana inspira gerações do mundo inteiro com ideais (em tese) nobres, a nós brasileiros nos foi dado pura e simplesmente o Zé Carioca. Você está satisfeito com isso? Eu não estou.
Não estou satisfeita porque acredito no Brasil. Amo meu país, admito suas falhas, seus defeitos, mas admito também a fé de nossa gente, o brilho de nosso olhar que anseia por dias melhores, a garra com que somos capazes de lutar por nossa sobrevivência. E eu simplesmente me recuso a partilhar desse discurso arrogante de certos ditos brasileiros que afirmam que "este país não tem mais jeito". Tem jeito, sim. Mas o que você, eu, cada um de nós temos feito para dar um jeito em nosso país? Temos acompanhado o candidato que ajudamos a eleger, suas políticas, seus esforços (ou a ausência deles)? Temos exigido obras públicas de qualidade, ensino público de qualidade, temos nos preocupado realmente ou ficamos apenas no falatório? Fomos às manifestações populares, apoiamos as greves que exigem salários dignos para o profissional da educação (base de toda uma nação!) ou ficamos aí parados, dizendo que "este país não tem mais jeito"? Temos dado um bom exemplo às crianças ou jogamos lixo nas ruas, fomos arrogantes com o vendedor, com a faxineira, desrespeitamos as leis do trânsito?

E quanto à vida particular? Será que realmente estamos fazendo o melhor que podemos?

Como exigir honra e integridade dos nossos representantes engravatados se pegamos aquela caneta que não é nossa de propósito, se não devolvemos os dez, vinte centavos que recebemos a mais no troco (ou até mesmo os dez, vinte, cinquenta REAIS), se furamos as filas, e fazemos vista grossa com todas essas falhas? Não estaremos alimentando a corrupção, este mal que deteriora nossos bosques que tem mais vida?
Será que quem não é honesto no pouco, nos dez centavos, pode ser honesto no muito, nos milhões, nos bilhões?

Eu não quero que meus filhos ouçam de estrangeiros que o Brasil é o país da corrupção. Não desejo isso a nenhuma geração. Então, resolvi escrever esse texto, que pode até ser taxado de "chatice politicamente correta". Não me importo, porque acho mesmo que estamos precisando de "chatices politicamente corretas". E atenção, queridos estrangeiros: não são apenas os brasileiros que precisam ouvir essas coisitas. Vocês também precisam. O mundo em geral precisa entender que um mundo melhor começa a existir quando as pessoas buscam ser melhores.
Ninguém é perfeito. A única diferença é que existem imperfeitos que buscam ser melhores a cada dia e imperfeitos que não fazem questão de se aperfeiçoar.
Desejo ser a primeira opção, sempre. E você? De que lado você vai ficar?

domingo, 20 de março de 2011

O problema era que ela se apegava demais às pessoas. E enquanto ela criava laços e expectativas, a vida apenas lhe concedia o sabor de uma nova decepção.

sábado, 19 de março de 2011


Tudo pode ser mais fácil e mais bonito, se você decidir que será.

A cada dia percebo com mais nitidez que quem faz a vida que queremos somos nós mesmos. Nada vai cair do céu, a vontade de estudar não vai aparecer do nada, a força pra superar aquele vício, mal hábito, sei lá, também não. Dias melhores passam por nossas mãos, primeiramente. As decisões que tomamos, os pensamentos que permitimos que invadam nossa mente, o que desejamos ao próximo e a nós mesmos... tudo é questão de escolha pessoal. De cada um, minha, sua, não importa se você é chinês, brasileiro, coreano, inglês, não importa a sua língua, a sua raça, credo, cor, orientação sexual. Não importa. A realidade é a mesma para todos nós: dias melhores passam por nossas mãos, por nossas atitudes e decisões. É preciso assumir a responsabilidade de realizar nossos sonhos. Todos eles. É preciso arranjar forças, vontades para levantar da cama todos os dias e continuar na luta pelo bem, pelo certo, pelo que fará você e o seu irmão felizes. Descubra a sua fonte de inspiração. Descubra o seu reservatório de energia positiva interior. Ele está aí dentro, em algum lugar, muitas vezes amassado por tanto negativismo que você insiste em guardar. Lógico que bem mais fácil que lutar para se tornar alguém melhor é se esconder dentro do velho discurso "eu sou assim, não mudo minha postura, não se meta na minha vida." É mais fácil, mais cômodo, mas será que faz alguém mais feliz?
A vida não tem que ser uma constante de dias fracassados, sonhos esquecidos, felicidade inalcançável. As oportunidades não estão esperando por você, não cairão do céu, o mundo não pára para que você consiga isso ou aquilo. Mas as oportunidades estão ali, esperando por quem der o seu melhor para conquistá-las.
Dias melhores passam por suas mãos. Um mundo melhor passa por suas mãos. Uma vida mais bonita e mais grata também.

quinta-feira, 10 de março de 2011

O dia em que até o palhaço chorou.


É que às vezes as palavras cansam a gente. E a gente de repente se cansa de descrever cenas tão lindas, lugares tão acolhedores, pessoas tão adoráveis. A gente se cansa num repente, se cansa de estar sempre a escrever um conto de fadas inalcançável. Como a costureira que se cansou de costurar pros outros aquilo que ela mesma tem vontade de vestir. Ou então como o mágico que está farto de fazer crianças rirem de truques que ele sabe serem muito fajutos. Porque ele sabe que no fundo, são apenas truques, não há mágica ali. Porque há muito tempo ele parou de acreditar em magia. É que as vezes um escritor se cansa também do seu ofício... costurar mundos mágicos de perfeição. Que ele tem que ser tanta coisa de uma vez! Mágico, costureira, ator, poeta, navegante, descobridor, sabiá preso na gaiola mas que canta tão bonito... Mas dizem que o sabiá um dia cansou de cantar, também. E ele só chora quando lembra da menina que sonhou um mundo inalcançável através das palavras que ele botou ali naquele papel. E da mãe que um dia olhou praquele poema e desejou que o filho fosse escritor que nem ele, um dia. Tão triste ter tantas palavras em si e ser tão vazio de vida, de cor, de sangue correndo nas veias, de alegria em rompantes de otimismo! Tão triste saber que no fundo aquilo que se escreve só serve pra aplacar a tristeza de uma vida tão invida, pra preencher um vazio de mundo idealizado que ele sabe não existir! Dizem que até os palhaços choram de vez em vez.

O que resta então de um escritor que não tem vontade de palavra mais?

Resta só um bocadinho de esperança ali no lado esquerdo do peito, esperança de acreditar naquilo que ele escreve...

Resta só a vontade de encontrar as cenas bonitas descritas, os lugares acolhedores, as pessoas tão adoráveis que ele já cansou de escrever.

Resta o desejo de acordar num dia bem quente, olhar pela janela e ver um mundo bem diferente, e no cantinho da esquina vislumbrar sua própria assinatura... como pintor que reconhece mais um quadro seu.

Sobre o Concurso "Deixa a Alma Respirar - 01 Ano!"

Queridos seguidores,

Estou aqui para mais uma vez pedir a participação de todos vocês no concurso "Deixa a Alma Respirar - 01 ano!".

Agradeço a quem já enviou seu texto. Certamente, será uma tarefa muito difícil decidir entre tantos textos lindos e criativos!

Mas para fazer desse um grande concurso, precisamos de ainda mais participações!
Conto com vocês para abrilhantar esse evento.
Com grande carinho,
Ana Teresa Viana.

terça-feira, 8 de março de 2011


E hoje parece tudo tão certo. E é como se todos os erros do mundo fossem lavados por essa chuva mansinha que cai lá fora. É isso: tudo está tão limpo. Bem claro agora. O coração parece menos comprimido, um tantinho mais esparramado no peito. Toda a ira do mundo aplacada por essa promessa de mansidão. E me esqueço da segunda-feira que está por vir, do sol que ainda não apareceu, dos telefonemas ainda não retornados, das soluções que ainda não encontrei. Por um instante, desejo apenas a simplicidade desse dia. Por um instante, desejo essa simplicidade pra vida inteira.

E penso ter descoberto a felicidade.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Concurso "Deixa a Alma Respirar - 1 ano!"

Queridos amigos e seguidores,

No dia 04 de abril, o Deixa a Alma Respirar estará comemorando seu primeiro aniversário!

Para brindar esse momento especial, proponho a vocês um concurso, que elegerá sete textos a serem postados individualmente aqui no blog, na semana do nosso aniversário.
(Um texto para cada dia da semana - 04 a 11 de abril.)

Conto com a participação de todos vocês!
Vamos fazer do Primeiro Aniversário do Deixa a Alma Respirar um encontro de autores e de palavras!

(PRAZO PARA ENVIO DOS TEXTOS: ATÉ 28 DE MARÇO)

Abaixo, seguem as regras do Concurso.

  • Como participar?
Participar do Concurso "Deixa a Alma Respirar - 1 Ano!" é muito fácil. Basta SER SEGUIDOR DO NOSSO BLOG e deixar um comentário nesse post, com um texto da sua autoria. Se preferir, você pode enviar o seu texto para o e-mail: anateresaviana@yahoo.com.br. Não se esqueça de colocar os seus dados para a divulgação. Nome completo é obrigatório. Idade, e-mail e blog são opcionais. Favor não enviar números de telefone, nome de cidade onde reside e outras informações de caráter muito pessoal.
  • Qual tipo de texto devo enviar?

Você é livre para enviar qualquer tipo de texto. Não há categorias específicas. Você pode enviar um texto narrativo, um conto, uma crônica, um texto dissertativo, um texto descritivo, uma poesia, enfim, depende apenas e exclusivamente de sua preferência pessoal.

  • Há algum tema específico?

Não há qualquer imposição de temas nesse concurso. Você pode escrever sobre qualquer coisa que queira. O tema é livre. Apenas pede-se que não sejam enviados textos de caráter sexual, preconceituoso e afins. Tais textos serão imediatamente desclassificados.

  • Quantas linhas? Quantos caracteres? Etc.

Não há número mínimo ou máximo de linhas e caracteres, porque acredito que tais coisas limitam a imaginação do autor.

  • Como será avaliado o meu texto?

Cada texto será avaliado individualmente e somente pelo sentimento que despertam no leitor. Claro que os textos deverão ter o mínimo exigido de correção ortográfica e gramatical. Nada de outro mundo, entretanto.

  • O que ganharão os autores dos sete textos escolhidos?

Os autores dos sete textos escolhidos NÃO ganharão nada material. O prêmio desse concurso é APENAS A DIVULGAÇÃO DOS TEXTOS AQUI NO BLOG. (Claro que isso pode dar ao blog do autor mais reconhecimento e prestígio, além de seguidores.)

O prazo para envio dos textos é até 28 de março.

Obrigada! Ana Teresa Araújo Viana.

terça-feira, 1 de março de 2011

Além de.

" Mais cores na sua vida."


Eu queria escrever alguma coisa linda e gentil, que fizesse o dia parecer mais colorido para quem ler; algo que emanasse alegria e vitória, algo envolto em certezas de esperança. Alguma coisa que realmente fizesse a diferença no seu dia, algo que se espalhasse feito poeira mágica, levando a todos uma mensagem de otimismo e de felicidade. Que toque corações, que provoque sorrisos e lágrimas, se for o caso. Escrever com um toque de promessa, de sublime, de transcedental, de tudo o que há de mais puro nessa vida e além dela. Escrever para despertar as emoções, as sensações, para aquecer os corações gelados, para fazer florir de novo, ao menos por um segundo.



- Eu só queria escrever algo além de palavras bonitas.