Bem vindo ao meu universo! Neste blog você encontrará textos de autoria de Ana Teresa Araújo Viana. Alguns textos são reflexões sobre diversos assuntos, outros são apenas o resultado de alguma madrugada inspiradora. Sem mais delongas, Deixa a Alma Respirar!







domingo, 12 de setembro de 2010

Não raramente, eu me sinto confusa e até mesmo um pouco assustada com a capacidade que as coisas têm de mudar. Tudo muda, o tempo todo. Nada permanece invicto, nada permanece intacto. Nada/ninguém foge à essa regra que parece reger o universo, a vida, as pessoas, as circunstâncias. Mudam-se as estações, mudam-se as pessoas, os relacionamentos, os problemas, os desejos, as alegrias, as tristezas. A quantidade de velas sobre o bolo de aniversário muda, a quantidade de vida existente em cada um muda também. O tempo é justo e injusto ao mesmo tempo: ninguém escapa de sua vontade, independentemente de cor, raça, religião, sexo, opção sexual. Mas ele vem chegando de mansinho, muda as nossas vidas, sem pedir licença, sem saber se desejamos essas mudanças. Ele simplesmente faz o que deve fazer: mudar tudo no mundo, irremediavelmente. E não sei se essas mudanças são sempre positivas; talvez um dia eu saiba, e, se eu souber, prometo contar. Ou melhor, não prometo nada. Se tudo muda, o tempo todo, não posso prometer nada, sob o risco de ter minha promessa invalidada pelas (in)constantes mudanças. Acho que é por aí: não vamos prometer, porque, no fim, descobrimos que não podemos cumprir. Quem garante que o sentimento não vai mudar, quem garante que tudo vai continuar no mesmo lugar? E, se de repente, não mais que de repente, a gente se descobrir numa nova dimensão, onde nada é uma constante, onde nada é pra sempre? Estaremos fadados à infelicidade, à confusão, à incerteza eterna? Tenho duas notícias, uma boa, uma ruim. A ruim é que estamos nessa dimensão e não há como fugir dela. A boa notícia é que é possível ser feliz. Cabe a nós descobrir como. Talvez esse seja mesmo o propósito da vida: descobrir a nossa maneira de ser feliz. Mas nada me tira da cabeça que bom mesmo seria se nada mudasse. Aliás, se as coisas boas não mudassem. Porque as ruins, essas tem de mudar, e pra melhor.

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